Tuesday, March 29, 2011

Aprenderá o m-learning com o e-learning?



Para Martin Addison, o m-learning tem tudo a aprender do e-learning. Com o e-learning, tudo partiu da ideia " Temos computadores vamos usá-los na aprendizagem". Porém, nem tudo foi assim tão simples e o e-learning demorou a ganhar força e potencial. Actualmente, podemos pensar o mesmo "Temos dispositivos móveis, vamos usá-los na aprendizagem", todavia não é assim tão líquido. Se o m-learning não aprender as lições aprendidas com o e-learning, vamos ter os mesmos problemas. É fácil ficar seduzido por todos os dispositivos portáteis que temos à nossa disposição (smartphones, tablets PC, iPads), mas se as experiências de m-learning não forem convenientemente preparadas e os recursos adequados, não teremos bons resultados. O que as experiências do passado nos ensinam é que a tecnologia é apenas um facilitador, um meio no processo de aprendizagem. Ela pode melhorar o acesso e aumentar a eficiência, velocidade e produtividade, em termos da forma como a informação e as oportunidades de aprendizagem chegam ao aprendente. Mas mais importante do que isto são as questões: Que competências precisam de ter os indivíduos dentro da organização? Quais são as suas preferências para a aprendizagem? O que os motiva a adquirir tais competências? Como é que a tecnologia os pode ajudar neste processo?
As três lições que podemos tirar do e-learning são: (1)apresentar um modelo educacional misto (blended learning); (2) fácil de usar e (3) atraente. A ideia de que não devemos querer continuar a reinventar a roda mantem-se para o m-learning. Pois, ter em mente as lições do e-learnng pode ajudar à integração positiva do m-learning e a potenciá-lo no processo de ensino e aprendizagem.

Saturday, March 26, 2011

Mobile learning: um novo “paradigma” educacional


O m-learning é uma área emergente da educação a distância. Para alguns autores (Laouris & Eteokleous, 2005; Sharples, 2006; Traxler, 2005, 2007) o e-learning está a ser transformado pela Internet e pelo poder das tecnologias sem fios no m-learning. A ubiquidade dos dispositivos móveis conduzirá o m-learning a um importante meio para fornecer educação e formação (Rheingold, 2003). Enquanto que o e-learning está centrado no computador e no fornecimento de cursos online em casa e no local de trabalho, o m-learning tira partido do poder ubíquo dos dispositivos móveis para se poder aprender em qualquer lugar e a qualquer hora. Gomes (2005) chama a atenção para a necessidade de clarificação dos conceitos de “educação a distância” e de e-learning, muitas vezes usados como sinónimos, em virtude da diversidade de utilizações das tecnologias da informação e comunicação (TIC) na educação. Para esta autora todas as modalidades de utilização das TIC na educação são válidas e com potencial específico, no entanto, há uma falta de consenso quanto à definição do conceito de e-learning, decorrente das diversas formações e perspectivas profissionais dos especialista nesta área. O seu conceito de e-learning centra-se menos nos aspectos tecnológicos e mais no potencial pedagógico, através da construção de situações de formação a distância baseadas na interacção e colaboração, para constução de aprendizagens significativas, através de tecnologias de redes.
Segundo McGreal (2009) a aprendizagem realizada através de dispositivos móveis terá um impacte significativo tanto no e-learning como na aprendizagem tradicional. Para este autor, num futuro próximo, o m-learning tornar-se-á uma parte normal da educação de todos, porque o “m-learning happens in context in which it is needed and relevant and is situated within the active cognitive processes of individual and groups of learners” (McGreal, 2009, s/p), levando a que este “paradigma” ganhe pertinência.
São várias as definições de m-learning. Uma das primeiras definições revela as oportunidades de aprendizagem mediante o uso de dispositivos móveis, como o telemóvel, PDA, Pocket PC ou Tablet PC (Quinn, 2000). Para Harris (2001) trata-se da capacidade de usufruir de momentos de aprendizagem a partir de um telemóvel ou de um PDA. Porém, estas definições ao focarem-se mais na tecnologia, deixam de fora outros ângulos da mobilidade, como a mobilidade do aprendente, dos contextos e dos conteúdos (Kukulska-Hulme, 2009).
A expressão m-learning encerra dois conceitos, o conceito “mobile” e o conceito “learning”, como referem Hayes & Kuchinskas (2003). Embora o termo learning não levante muitas dúvidas, o conceito mobile pode reportar-se tanto às tecnologias móveis, como à mobilidade do aprendente e também à mobilidade dos conteúdos. Neste sentido, a mobilidade não deve ser apenas entendida em termos do movimento espacial, mas também em termos de transformações temporais e derrube de fronteiras, alargando os horizontes da aprendizagem e do acesso à informação.
Apesar de já muito se ter falado no assunto, o m-learning é uma área recente e a precisar de estudo, como salientam Gay, Stefanone, Grace-Martin e Hembrooke (2001 citados por Cobcroft et al. 2006, p. 6):
“A priority now is to explore complex, concrete, context-dependent learning settings, to identify how ubiquitous mobile computing tools mediate particular relationships and practices for particular learners and learning communities. Through carefully constructed studies, we can begin to address the challenges posed for the HCI [Human-Computer Interaction] community by the anytime, anyplace nature of mobile and ubiquitous computing technologies”.
Embora o termo m-learning tenha significados distintos para diferentes grupos de investigação, estudos realizados por Sharples (2005) e Kukulska-Hulme (2009) têm demonstrado que a aprendizagem é aprofundada e enriquecida quando os alunos podem optar por múltiplos recursos e caminhos para a sua aprendizagem. Vavoula (2005) destaca o seu valor quando refere que o m-learning é mais interactivo ao envolver mais contacto, comunicação e colaboração.
Uma das características do m-learning é o aproveitamento dos dispositivos que os utilizadores usam e levam com eles para todo o lado, que consideram dispositivos pessoais e amigáveis, que são fáceis de usar, que usam constantemente em todos os momentos da vida e numa variedade de situações diferentes, excepto na esfera educativa (Yousuf, 2007). Como faz notar Keegan (2008, p. 6), “Never in the history of the use of technology in education has there been a technology as available to citizens as mobile telephony today”, porém esta tecnologia não está a ser aproveitada para ensinar e aprender.
Para Attewell (2005, 2008) há várias vantagens inerentes ao m-learning, entre elas, ao ajudar os alunos a:
i) Melhorar as competências de literacia e cálculo;
ii) Reconhecer as suas aptidões;
iii) Desenvolver experiências de aprendizagem individual e colaborativa;
iv) Identificar onde precisam de ajuda e apoio;
v) Superar a fractura digital;
vi) Realizar aprendizagem informal;
vii) Estar mais concentrados por períodos de tempo mais longos;
viii) Aumentar a auto-estima e auto-confiança.
Outros autores consideram que o m-learning melhora o processo de ensino e aprendizagem ao aumentar o acesso à informação e ao apoiar diferentes tipos de aprendizagem (Naismith et al., 2004). Significativos avanços das tecnologias móveis estão a tornar possível usá-las na aprendizagem formal e não-formal. Tal como no e-learning, as tecnologias móveis podem interligar-se com muitas outras ferramentas multimédia, como o áudio, vídeo, imagem, Web, entre outras.
O m-learning está a trazer vantagens para o campo educativo, sobretudo tendo presente que embora os alunos tenham computadores portáteis não aceitam trazê-los para a aula por serem pesados, como constatámos em estudos realizados (Moura & Carvalho, 2007; Moura, 2009). Primeiro, porque permite trazer novas tecnologias para a sala de aula e os professores através de tecnologias móveis podem fornecer aos alunos conteúdos a qualquer hora. Segundo, os alunos podem beneficiar desses dispositivos para aceder a conteúdos disciplinares quando necessário. Terceiro, pode facilitar aos alunos o processo de aprendizagem pela comodidade e rapidez de acesso à informação, por se tratar de um dispositivo pessoal com grande acolhimento e por estar sempre à mão.
Apesar das vantagens apresentadas, esta abordagem educacional enfrenta ainda algumas dificuldades tecnológicas e debilidades para um uso generalizado em contexto educativo. Mas como assinala Chisholm (2005), mais importante e mais complexo do que a tecnologia são as estratégias pedagógicas e os métodos didácticos elaborados e utilizados com e para as tecnologias móveis a que se deve dar a maior atenção.
As tecnologias móveis parecem estar a permitir mobilizar o espaço social, pessoas e recursos (Green et al., 2001). A busca da computação ubíqua está a conduzir à miniaturização, à personalização e à democratização das tecnologias, convergindo para um “ambiente informacional nómada”, como designado por Lyytinen e Yoo (2002). Embora as tecnologias móveis não sejam um fenómeno recente, pois outros media, como os jornais, as revistas, o rádio já eram móveis também, o que efectivamente é novo é a possibilidade de, através de um aparelho como o telemóvel, se poder chegar directamente a uma pessoa e não a um local (Feldmann, 2005) e aceder a uma quantidade grande de informação. Este dispositivo satisfaz uma necessidade humana, a de falarmos enquanto nos deslocamos.
O debate em torno da questão de saber como estão as instituições preparadas para enfrentar as mudanças operadas na sociedade, tem sido abordado por alguns autores (Alexander, 2004; Naismith et al., 2004; Wagner, 2005). Estudos e investigações no âmbito da aprendizagem apoiada por tecnologias móveis, referidos por Kukulska-Hulme e Traxler (2005), têm ajudado a colocar escolas, de diversos níveis de ensino, e universidades na vanguarda das práticas pedagógicas. Estas práticas vêm responder às exigências dos alunos no que respeita à flexibilidade e à ubiquidade da aprendizagem. Outros estudos realizados sobre o uso de tecnologias móveis apresentam várias possibilidades de aplicação das tecnologias móveis em contextos de aprendizagem (Attewell et al., 2009; Kukulska-Hulme & Traxler, 2005; Ryu & Parsons, 2009; Vavoula et al., 2009; Waycott, 2004). Entre outras possibilidades destacamos a recolha de dados em tempo real, o preenchimento de um mapa com dados locais, as interacções síncronas com colegas, professores, especialistas e interacção com os conteúdos das aulas. É precisamente, em virtude da sua facilidade e independência de fronteiras físicas que o m-learning oferece um vasto potencial para melhorar todos os tipos de ensino: presencial, misto ou a distância. É fundamental conhecer e avaliar o seu potencial e identificar novas formas em que a mobilidade pode contribuir para experiências significativas de aprendizagem, porque a tecnologia móvel torna possível uma nova matriz de interacções dentro e fora da sala de aula e amplia as fronteiras educativas.

Wednesday, March 23, 2011

Os telemóveis na sala de aula



Na história da tecnologia na educação, o telemóvel é a primeira tecnologia móvel mais ampla e rapidamente adoptada pela população, mas está interdita na maioria das salas de aula.
Estudos sobre a utilização dos telemóveis na sala de aula apontam para uma ausência de decisões por parte da escola sobre uma política do uso do telemóvel (Twiss, 2009). Alguns resultados (Kukulska-Hulme & Traxler, 2005; Moura & Carvalho, 2009b; Song, 2008) sugerem que estes dispositivos potenciam uma ampla variedade de oportunidades para melhorar a aprendizagem, através da flexibilidade do tempo e do lugar em que ela pode ocorrer. Oferecem oportunidades de construção de relações entre alunos socialmente desadaptados. No entanto, há aspectos negativos do uso do telemóvel pelos alunos que incluem comportamentos socialmente intoleráveis, como o cyberbulling, e o facto do telemóvel ser encarado como um elemento distractivo na sala de aula, com impacte na redução da aprendizagem.
A utilização do telemóvel na sala de aula vai continuar a merecer atenção da investigação académica, no sentido de ajudar a integrá-lo e, futuramente, constituir-se numa tendência a ser adoptada pelas escolas. Cremos que uma boa estratégia a adoptar, desde já, pelo professor é explorar a tecnologia que muitos dos alunos levam para a aula rentabilizando as suas potencialidades de um ponto de vista pedagógico, através de actividades adequadas às condições e necessidades curriculares.
O uso do telemóvel na sala de aula está proibido em ambas as escolas onde decorreu esta investigação. No entanto, no quadro desta mesma investigação, foi-nos permitida a sua utilização. Daqui podemos inferir que quando os professores encontram estratégias para a sua inclusão nas práticas pedagógicas, a proibição deixa de fazer sentido. Consideramos, no entanto, que a tecnologia não deve ser imposta, mas também não pode ser descurada. É preciso estar sensível aos avanços técnicos e perceber como as tecnologias podem ser rentabilizadas em contexto pedagógico, tendo subjacente as teorias de aprendizagem.

Tuesday, March 22, 2011

Learning Activities Using Student Cell Phones

Os telemóveis deverão continuar a ser proibidos na sala de aula?



Esta questão deverá continuar na ordem do dia? Alunos e pais não concordam com a proibição, já que os telemóveis lhes permitem ficar em contacto uns com os outros em caso de emergência. Os professores, por outro lado, consideram que estas razões são apenas um pretexto para que os alunos levem os telemóveis para dentro da escola. Porém têm sido usados de forma abusiva para enviar SMS, navegar na internet ou ouvir música na sala de aula.
Há inúmeras vantagens para deixar que os alunos tenham com eles o telemóvel, tirando a questão do seu benefício em caso de emergência familiar. Os telemóveis actualmente também podem ajudar os alunos nos seus estudos, já que estes aparelhos possuem diversas aplicações, como uma câmara, leitor de mp3 e mp4, calculadora, agenda, acesso à internet, etc. Os alunos podem tirar fotos, fazer vídeos, tirar notas durante o desenvolvimento de projetos e podem enviar estes materiais aos alunos ausentes, ou levá-los para a aula para apresentação e discussão. A maioria dos telemóveis tem capacidade para ler e-books ou arquivos em Word ou pdf podendo ser aproveitados pelo professor nas suas práticas letivas. Por outro lado, pode ajudar os alunos a apoderarem-se de novas técnicas de aprendizagem no início de suas vidas, já que a aprendizagem suportada por dispositivos móveis parece ser o futuro da educação. Estes equipamentos têm muitas vantagens como a portabilidade, o acesso rápido à Internet, que dá aos alunos a possibilidade de aprender em qualquer lugar e a qualquer momento. Em 2007, as escolas públicas na Carolina do Norte emprestaram telemóveis QUALCOMM para melhorar a aprendizagem da matemática, a alunos do 9º ano em risco. Várias universidades estão a integrar os telemóveis pondo à disposição dos estudantes a realização de testes através do seu dispositivo móvel. Em Portugal também se começam a dar os primeiros passos para uma efectiva integração de dispositivos móveis na escola.
Os que continuam a apoiar a sua proibição sustentam a sua posição com base em abusos. Os professores continuam a argumentar que os alunos com o telemóvel estão mais desinteressados ​​e perturbam os outros alunos na sala de aula. Enviam mensagens de texto, jogam, ouvem música, usam sites de redes sociais e copiam nos exames. Um telemóvel com acesso à internet permite que os alunos facilmente obtenham as respostas para qualquer exame ou quiz.
Relativamente a estas questões que não deixam de ser pertinentes, parece-me que o mais importante é uma profunda mudança na organização dos espaços e tempos de aprendizagem, nesta era da mobilidade digital.
As vantagens destes equipamentos superam certamente as desvantagens se os soubermos usar e aproveitar todas as suas potencialidades.

Influencers On Mobile 2009 2020 Predictions

Mobile Trends 2020

Mobile Learning Exchange

Saturday, March 19, 2011

mLearning: mobile learning and performance in the palm of your hand

Por David Metcalf (2009)

Mobile learning communities: creating new educational futures

Por Patrick Alan Danaher,Beverley Moriarty,Geoff Danaher, (2009).

Mobile Learning: investigação



Desde 2000 que a aplicação de programas educacionais com dispositivos móveis tem ocorrido em países europeus e nos Estados Unidos (Crawford et al., 2002; Keegan, 2002), tendo-se espalhado um pouco por todo o lado. O uso de dispositivos móveis na educação tem vindo a cimentar-se enquanto campo de investigação, através dos inúmeros eventos científicos realizados em todo o mundo .
Investigadores de todo o mundo (Kukulska-Hulme & Traxler, 2005; Pachler et al., 2010; Ryu & Parsons, 2009; Sharples et al., 2006; Vavoula et al. 2009) têm procurado formas de integrar as tecnologias móveis em contexto educativo. Esta integração tem ocorrido em ambientes de aprendizagem com crianças, adolescentes, alunos universitários e adultos, no sentido de apoiar os estudantes na aprendizagem, numa variedade de domínios, incluindo a matemática, ciências e línguas (Farooq et al., 2002; Ketamo, 2002; Kukulska-Hulme & Shield, 2007; Luchini et al., 2004; Macedo, 2008; Mattila & Fordell, 2005; Moura & Carvalho, 2008a, 2009a; Tremblay, 2010; Waycott, 2004; Waycott et al. 2005). Embora se trate de um campo do conhecimento ainda recente há já um conjunto considerável de estudos realizados na área (Attewell & Savill-Smith, 2004; Attewell et al., 2009; Kukulska-Hulme & Traxler 2005; Kukulska-Hulme & Shield, 2007; Macedo, 2008; Moura & Carvalho, 2008 a,b, 2009a; Mellow, 2005; Naismith et al., 2004; Ryu & Parsons, 2009; Savill-Smith & Kent, 2003; Shannon, 2006; So, 2009; Tremblay, 2010; Vavoula et al., 2009; Waycott, 2004). O m-learning tem evoluído e diversificado o seu domínio em diversas áreas da sociedade, com um número crescente de publicações que oferece orientações gerais e reflexões para investigadores e praticantes de m-learning (Faux et al., 2006; Kukulska-Hulme & Traxler, 2005; Kukulska-Hulme et al., 2009; Naismith et al., 2004; Naismith e Corlett, 2006; Pachler et al. 2010; Sharples, 2006).
Várias revistas especializadas neste campo têm surgido na última década. A International Journal of Mobile and Blended Learning (IJMBL) , como sócia da IAmLearn, tem publicado documentos da conferência MLearn, com o objectivo de proporcionar um fórum, de partilha de conhecimentos e experiências, para os investigadores na área do m-learning. A International Journal of Mobile Learning and Organisation (IJMLO) tem tentado estabelecer um canal de comunicação entre os decisores políticos, empresas, agências governamentais e instituições acadêmicas, que reconhecem o papel importante que o m-learning pode desempenhar nas organizações. A International Journal of Interactive Mobile Technologies focaliza a atenção no intercâmbio de tendências e resultados relevantes da investigação e apresenta experiências práticas de m-learning.
Foram publicadas, também, três importantes revisões de literatura sobre a utilização de dispositivos móveis na educação. Uma em Journal of Computer Assisted Learning (Roschelle, 2003), outra na série Futurelab (Naismith et al., 2004) e outra em Computers & Education (Patten et al., 2006). Para além destas publicações, há alguns livros publicados sobre mobile learning (Ally, 2009; Kukuslska-Hulme & Traxler, 2005; Metcalf, 2006; Pachler, 2007; Pachler et al., 2010; Ryu & Parsons, 2009; Vavoula et al., 2009), muitos deles com o contributo de vários autores que exploram diferentes dimensões (técnicas, pedagógicas e educacionais) do tema.
Um dos primeiros livros sobre Mobile Learning foi o de Agnes Kukulska-Hulme e John Traxler, publicado em 2005. Estes autores fornecem uma introdução ao m-learning através de ensaios e vários estudos de caso internacionais que reportam uma ampla gama de razões para implementar a aprendizagem através de dispositivos móveis. As análises feitas pelos autores revelam que a utilização de tecnologias móveis em contexto educativo, serviu para atingir objectivos em âmbitos diversificados, tais como a melhoria das condições de acesso aos conteúdos, exploração de mudanças no processo de ensino e aprendizagem e alinhamento com os objectivos institucionais e empresariais.
Metcalf (2006), na sua obra, proporciona um resumo detalhado de ferramentas, conceitos, limitações e tendências na área do m-learning. Pachler (2007) apresenta uma selecção de trabalhos de investigação divulgados em simpósios sobre m-learning, que colocam questões conceptuais e teóricas em torno da definição de base, práticas socioculturais e pedagógicas e o relato de alguns projectos neste campo. Ryu e Parsons (2009) fazem um levantamento exaustivo do estado dos conhecimentos neste domínio e apresentam experiências práticas e reflexões sobre pedagogias e design. Ally (2009) apresenta uma colecção de exemplos práticos e referência a algumas considerações teóricas. Vavoula et al. (2009) fornecem uma colecção de capítulos centrados em quadros teóricos, métodos e desenhos de investigações em mobile learning. Pachler et al. (2010) oferecem modelos teóricos e conceptuais, um quadro analítico para a compreensão das questões e exemplos práticos de mobile learning em contextos educacionais formais e informais, em particular, com alunos de risco.

Thursday, March 17, 2011

Mobile Learning - 99 Resources



A EDICAUSE apresenta um conjunto de pesquisas, relatórios e outras publicações na área do mobile learning. As publicações EDUCAUSE abordam uma ampla variedade de desafios em experiências de mobile learning.

Mobile Learning: Pilot Projects and Initiatives

Por Retta Guy, 2010.

Wednesday, March 16, 2011

Researching Mobile Learning: Frameworks, Tools, and Research Designs

Por Giasemi Vavoula,Norbert Pachler,Agnes Kukulska-Hulme, 2009.
Nesta obra Vavoula et al. (2009) fornecem uma colecção de capítulos centrados em quadros teóricos, métodos e desenhos de investigações em mobile learning.

A utilização dos telemóveis pelos jovens portugueses: para uma cultura da mobilidade



Segundo dados avançados pelo Jornal Económico e pelo Diário de Notícias Online , no primeiro trimestre de 2010 notou-se um aumento de 21% das vendas de telemóveis, comparado com o mesmo período de 2009, sendo o segmento dos smartphones a apresentar maior dinamismo. Estes dados mostram como os telemóveis e as comunicações móveis continuam a crescer em Portugal, com os jovens a ser cada vez mais incluídos na rede de utilizadores. As gerações mais novas vão-se socializando e crescendo numa realidade que já faz parte das suas práticas quotidianas e o telemóvel tornou-se num acessório indispensável nas suas vidas.
Portugal tem uma taxa de penetração de telemóveis das mais elevadas da Europa. Segundo dados da ANACOM no final do primeiro trimestre de 2010 existiam 15,8 milhões de estações móveis activas associadas a planos tarifários pós-pagos, pré-pagos e híbridos. Neste período de análise a penetração do Serviço Telefónico Móvel (STM) subiu para 148,9 por 100 habitantes, acima da média europeia que é de 122.
Os dados apresentados por Cardoso et al. (2009) mostram que a maioria dos jovens, dos 16-18 anos, tem telemóvel oferecido pelos pais (82,9%), com carregamentos (98,4%) e pagos por um dos progenitores (67,6%). Mais de metade gasta cerca de 30 euros por mês com o telemóvel e 13,3% têm vários cartões de diferentes redes que usa no mesmo aparelho. A maioria diz receber (61%) e fazer (51,6%) várias chamadas por dia, receber e enviar SMS (82,4%) ao dia e receber e enviar MMS por dia (39,6%). Apenas 29,1% assinalam nunca ouvir música no telemóvel e 19,8% nunca tirar fotos com o dispositivo. Quanto a ver programas de TV ou pequenos vídeos no telemóvel, 78% reportam nunca ver e 72% nunca utilizar o Messenger. Navegar na Internet através do telemóvel é frequente para 27,5% dos jovens e 81,9% nunca usaram o e-mail. Receber alertas por SMS nunca aconteceu para 45,6%. A média de realização de chamadas por dia é de 5,19 e recebê-las é de 8,41, enquanto que a média de envio de SMS por dia é de 76,69 e recebê-las é de 79,45. Os amigos (46,7%) e os pais (38,5%) são as pessoas a quem mais telefonam. Para 70,9% os amigos são os principais destinatários das mensagens. Comparando os dados de 2008 e os de 2006, há um aumento dos SMS enviados e recebidos diariamente e os amigos continuam a ser o alvo preferencial dos SMS. Há um ligeiro aumento do uso do Messenger e navegação na Internet através do telemóvel.
Os dados apresentados mostram que os nossos jovens são parte da geração móvel, nasceram e cresceram com os telemóveis como ferramenta de comunicação. Por isso, não é de estranhar que a maioria se sinta confortável quando tem um telemóvel por perto (Cardoso et al., 2007b).

Tuesday, March 15, 2011

On the Move with the Mobile Web: Libraries and Mobile Technologies


On the Move with the Mobile Web: Libraries and Mobile Technologies -

Monday, March 14, 2011

Student Mobile Learning Devices: A Summary of Two District Case Studies


Nos Estados Unidos estão-se a avaliar os custos e os benefícios de fornecer aos alunos dispositivos móveis para a aprendizagem. O resumo dos dois estudos de caso pode ser lido aqui.

Mobile Learning: Structures, Agency, Practices

Por Norbert Pachler,Ben Bachmair,John Cook,Gunther Kress (2010)

Mobile learning: a handbook for educators and trainers

Por Agnes Kukulska-Hulme,John Traxler, 2005.

TWITTER: A productive and learning tool for the SMS generation

Twitter in education

Twitter: ferramenta de produção e aprendizagem para a geração SMS

Twitter: ferramenta de produção e aprendizagem para a geração SMS

Digital Learning Forum - Mobile Learning



Na apresentação mensal do Digital Learning Forum (14 de março) Keith Knuth, um arquiteto de software fala sobre mobile learning. Knuth explica que os dispositivos móveis estão em todo o lado e a sua utilização não se limita a um grupodemográfico específico. Por isso, está na hora de cosiderar a melhor forma de alcançar os novos aprendentes móveis. Algumas das questões levantadas neste encontro serão: Como é que a adoção de dispositivos móveis está a mudar os Estados Unidos? Qauais são os dispositivos mais populares? Quais são as ferramentas disponíveis para desenvolver conteudos para estes dispositivos? Como é que futuros dispositivos e tecnologias irão mudar a forma como as pessoas aprendem?
Francis Harvey falará de um projecto de investigação sobre aprendizagem suportada por tecnologias móveis, no qual os alunos criam "GeoDiaries" usando um GPS, o Google Earth e uma cámara de vídeo.

Sunday, March 13, 2011

As tecnologias móveis na aprendizagem



Dada a significativa penetração dos telemóveis, a maioria dos alunos tem o seu próprio dispositivo, por isso, Prensky (2005) pergunta: ”why not to use the opportunity to their educational advantage?” e conclui que os alunos podem aprender com os seus telemóveis qualquer matéria se os professores os usarem correctamente. Para este autor, os telemóveis “are not just communications devices sparking new modalities of interaction between people, they are also powerful computing devices that are portable and personal” (idem, p. 2).
Kukulska-Hulme e Traxler (2005, pp. 189-190) apresentam também algumas razões para utilização das tecnologias móveis, colocando alguns aspectos a investigar:
• Melhorar o acesso – Melhorar o acesso à avaliação e a materiais de aprendizagem a todos; tornar o acesso a materiais de aprendizagem portátil; aumentar a flexibilidade da aprendizagem dos alunos; desenvolver e avaliar soluções para o acesso ao conhecimento na formação distribuída.
• Avaliar e melhorar a aprendizagem – Avaliar em que medida um dispositivo móvel pode ajudar a aprendizagem do aluno; explorar o potencial da tecnologia na aprendizagem colaborativa; desenvolver um modelo de como os alunos colaboram e aprendem através de dispositivos móveis conectados; identificar o processo de aprendizagem na formação distribuída; identificar as necessidades dos alunos para o conhecimento “just-in-time” em situações de formação; explorar o potencial das tecnologias para aumentar a apreciação dos estudantes do seu próprio processo de aprendizagem; permitir que cada aluno mantenha um diário de aprendizagem que ajude a consolidar a aprendizagem.
• Avaliar e melhorar o ensino – Ver como os dispositivos móveis podem ser usados para ensinar um determinado assunto; levar os alunos a pensar criticamente e a ver de forma diferente do que eles fariam sem o uso de dispositivos móveis; permitir que os alunos vivenciem e compreendam o uso da tecnologia móvel na aprendizagem; reduzir as barreiras culturais e comunicação entre professores e alunos.
• Explorar os requisitos e comportamentos dos alunos – Analisar se os alunos precisam de um conjunto de ferramentas (agenda electrónica, notebook, fazer listas) para os ajudar a gerir os seus estudos; monitorizar quando os alunos usam as tecnologias móveis e com que finalidades; investigar como é que as tecnologias móveis alteram os padrões de estudo e a comunicação entre os alunos; avaliar as atitudes do utilizador em experiências com a nova tecnologia; investigar a interface e as limitações de usabilidade dentro de um contexto educacional.
• Alinhamento com objectivos educacionais ou empresariais – Realizar um estudo de viabilidade para futuras implementações de grande escala de dispositivos móveis na aprendizagem; avaliar a relevância de programas MLE (Managed Learning Environment) e VLE (Virtual Learning Environement); misturar tecnologias móveis em infraestruturas de e-learning para melhorar a interactividade e a conectividade do aluno; possibilitar a aprendizagem interactiva a todos os alunos, usando tecnologias móveis e wireless sem incorrer em gastos com hardware caro; distinguir-se de outras instituições de ensino ou concorrentes; fornecer comunicações, informação e formação a um grande número de pessoas, independentemente da sua localização; alargar a aprendizagem móvel para incluir a monitorização da localização de serviços de informação; aproveitar a proliferação de serviços de telefonia móvel e dos seus muitos utilizadores.
As perspectivas expostas por estes autores estão próximas das descritas por Attewell e Savill-Smith (2004) relativamente aos 27 projectos apresentados nas actas do MLEARN 2003, em especial a identificação que é feita sobre as mudanças a operar no processo de ensino e aprendizagem quando suportado por tecnologias móveis. Os objectivos são semelhantes nos dois textos, com predominância para aspectos que têm a ver com a melhoria do acesso aos conteúdos e recursos a qualquer hora e em qualquer lugar (Kadyte, 2004), as mudanças a operar no processo de ensino e aprendizagem, com evidência para aspectos como a individualização, a aprendizagem colaborativa e activa, a aprendizagem informal com múltiplos media e as mudanças cognitivas e comportamentais e, ainda, o alinhamento com os objectivos institucionais e empresariais. Em Kukulska-Hulme e Traxler (2005) identificam-se também certos objectivos dirigidos ao futuro da aprendizagem móvel, no que respeita os contextos em que os dispositivos móveis podem vir a ser utilizados e o papel que podem desempenhar, bem como, compreender a gama de acções e oportunidades que se abrem aos aprendentes através das tecnologias móveis.
Para Kukulska-Hulme (2005) a questão mais paradoxal face às tecnologias móveis é o facto destes dispositivos não terem sido concebidos para a aprendizagem e estarem a ser usados para aprender. A mesma surpresa tem Wagner (2005, p. 42), por isso pergunta “Why Not Mobile for Learning?”. Os desenvolvimentos operados recentemente numa variada gama de dispositivos móveis revelam a importância de corresponderem às necessidades e expectativas dos aprendentes em mobilidade.

Saturday, March 12, 2011

O SMS e o Podcast como tecnologias para a era digital



Enviar SMS e ouvir música são duas práticas na vida quotidiana de muitas crianças e jovens. Este facto deixa antever uma maior disponibilidade das gerações mais jovens para usar, também, estes recursos em contexto educativo. O SMS e o Podcast são duas formas de m-learning bastante usadas.
A adopção do SMS como um recurso educacional tornou-se popular nos últimos anos (Crystal, 2008a; Goh & Hooper, 2007). O SMS é uma tecnologia dos telemóveis que permite enviar e receber pequenas mensagens de texto. O tamanho inicial das mensagens era de 160 caracteres, porém os telemóveis mais recentes suportam receber numa única mensagem texto com mais de 600 caracteres.
Têm-se realizado, durante a última década, vários estudos e experiências sobre o uso do SMS em diferentes contextos educativos. Naismith (2007) relata uma experiência, em contexto universitário, sobre o envio de SMS para os alunos sobre cancelamento de aulas, informações, lembretes e tarefas académicas. Esta comunicação administrativa com os alunos resultou positiva e com possibilidade de ser alargada a outros sectores da instituição.
Noutro estudo, implementou-se uma ferramenta de comunicação e discussão (Bollen et al., 2004) baseada no envio de mensagens SMS através da interface de PDAs para iniciar discussões e trabalho colaborativo. As considerações finais mostram que a tecnologia melhora o trabalho colaborativo nos cursos de literatura.
Uma outra experiência, reportada por Nix et al. (2007), mostra o sucesso em usar mensagens por SMS para reduzir o abandono precoce dos alunos universitários. Parece que o envio de mensagens SMS aos alunos identificados como sendo de risco foi bem sucedido ao ajudar a manter os alunos no sistema.
O sistema TXT-2-LRN, apresentado por Scornavacca et al. (2007), baseado em SMS, permitiu a interacção na sala de aula. Possibilitou aos alunos enviar perguntas e comentários, para o computador do professor via SMS, com resultados positivos ao nível da interactividade.
O projecto PLS TXT UR Thoughts (Markett et al., 2006) permitiu aos alunos o envio de SMS através dos seus telemóveis pessoais durante a aula e online depois das aulas, encorajando a interactividade na sala de aula.
Outros autores, como Goh e Hooper (2007), exploraram a viabilidade da utilização dos SMS nos telemóveis para promover a aprendizagem através de actividades (puzzles) de palavras cruzadas por SMS em ambiente de sala de aula, com alunos jovens e séniores. Os resultados mostram que os alunos mais jovens acharam as palavras cruzadas por SMS mais interessantes do que os mais velhos. Estes tiveram mais dificuldades em jogar os puzzles do que os alunos mais novos. Ambos os grupos mostraram interesse em adoptar o jogo no futuro.
Savill-Smith et al. (2006) referem experiências em que os alunos usaram os seus próprios dispositivos móveis para enviar SMS e MMS e salientam a importância dos professores verificarem se não há restrições ao uso do telemóvel para a planificação das actividades de aprendizagem. O projecto Gloucestershire (Attewell et al., 2009) comparou dois grupos, um a usar iPod Touches (grupo A) e outro a usar os seus próprios equipamentos (grupo B). As conclusões sugerem que os alunos que usaram os seus próprios telemóveis trabalharam melhor, mas é importante assegurar a participação dos alunos que não têm acesso a tecnologias móveis.
O governo queniano priorizou a educação, vendo-a como uma forma de transformação social e cultural. No sentido de preparar professores do 1º ciclo para atenuar o abandono escolar recorreu ao serviço SMS como parte do processo de aprendizagem. O uso de SMS na educação tem num país como o Quénia grandes vantagens relativamente aos métodos convencionais, onde há falta de infra-estruturas básicas. Assim, as boas redes de serviços de telemóveis, uso da energia solar para carregamento, grande número de proprietários e utilizadores de telemóveis, criou as condições para utilização deste serviço. A aceitação do SMS para aprendizagem foi positiva por parte dos professores. Este programa de formação de professores foi usado para promover materiais de orientação do estudo e apoio semanal, através de dicas, esboços, listas, resumos, revisão, lembretes, discussão em forma de comentário, perguntas e respostas, apoio e incentivo e mensagens urgentes. Cerca de 8 mil professores participaram nesta experiência conduzida por Traxler e Dearden (2005).
Para além do SMS, ouvir ou criar ficheiros áudio em formato mp3 tornou-se numa tarefa menos dispendiosa em tempo e recursos, em virtude das funcionalidades multimédia que os modelos de telemóvel mais recentes apresentam. O podcasting envolve descarregar da Web uma série de ficheiros áudio ou vídeo para o telemóvel ou leitores de MP3 ou de MP4, podendo ser ouvidos ou vistos quando, onde e tantas vezes quantas o utilizador desejar (Evans, 2008). Os alunos podem transferir ficheiros áudio directamente do telemóvel por Bluetooth, ou descarregar podcasts da Web para o telemóvel. Tanto os telemóveis, como os leitores de MP3 ou de MP4 são dispositivos móveis com capacidade para ler e gravar ficheiros áudio, para apoio à aprendizagem. Os alunos podem gravar sínteses de apontamentos, resumos, entrevistas, reportagens e resolver exercícios. Os professores podem gravar as aulas, apontamentos ou exercícios e permitir que os alunos os ouçam quando e onde queiram, diluindo, deste modo, as barreiras da sala de aula. Os podcasts permitem uma aprendizagem ubíqua, podendo os alunos aceder a uma variedade de materiais educativos independentemente do local e da hora (Nataatmadja & Dyson, 2008).
Evans (2008) reporta um estudo sobre a eficácia do m-learning sob a forma de podcasting, para alunos do ensino superior. Participaram quase duas centenas de estudantes, a quem foram disponibilizados podcasts para revisão antes do exame do curso de TIC. Os resultados obtidos indicam que os alunos acreditam que os podcasts são ferramentas de revisão mais eficazes do que os manuais e do que os apontamentos, para apoio à aprendizagem. Indicam também que os alunos estão mais receptivos a material de aprendizagem em forma de podcast do que a aula tradicional. Também indicam que a utilização dos podcasts como ferramenta de revisão tem claros benefícios em termos do tempo que levam para rever a matéria e os alunos sentem que podem aprender com eles. Junta-se ainda as vantagens da flexibilidade que permitem (tempo e espaço), constituindo-se num grande potencial como ferramenta de aprendizagem.
Um estudo realizado por Nataatmadja e Dyson (2008), no ensino superior, explora as razões pelas quais os alunos usam ou deixam de usar os podcasts sugeridos para apoio ao estudo. O estudo mostra uma série de motivações e preferências, relacionadas com os estilos de aprendizagem, por trás das decisões dos alunos. Apesar de apenas pouco mais de um terço dos alunos ter decidido usar os podcasts, os comentários são positivos. Os dados revelam que os podcasts são um complemento útil para favorecer diversos estilos de aprendizagem dos alunos, mas é necessária mais investigação sobre o uso deste recurso para promover uma aprendizagem mais profunda.
Frydenberg (2008) numa experiência que realizou com podcasts para resumir as palestras do curso, observou que a maioria dos alunos não ouviu os podcasts de 60 minutos que gravou, porque preferiam ouvir resumos das palestras mais curtos. Desafiou então os alunos a trabalharem em pares e a criarem podcasts em vídeo, com duração entre 6 e 10 minutos, sobre o que aprenderam nas aulas. Verificou um aumento de downloads e também o uso de recursos avançados de gravação e efeitos de vídeo, contribuindo para melhorar a aprendizagem dos alunos. O questionário aplicado no fim do semestre mostrou como os alunos usaram os podcasts nos seus dispositivos móveis para apoio à aprendizagem e da análise dos registos no servidor onde estavam alojados os podcasts detectou-se que a maioria dos estudantes descarregou os podcasts dos colegas para os seus dispositivos.
Evans (2006) usou os podcasts num curso de literatura. Pediu aos alunos para produzirem um par de podcasts de 2 a 5 minutos de duração. No primeiro podcast os alunos tinham de ler uma breve passagem de um romance, no segundo discutir uma passagem da obra, argumentar a sua escolha, apresentar os detalhes mais importantes, as temáticas, as questões levantadas e relacionar a passagem com o resto do romance. Todos os alunos eram obrigados a ouvir os podcasts dos colegas antes da aula. Os podcasts permitiram praticar a leitura, analisar e comentar as leituras realizadas e manter o diálogo entre os pares. Embora os podcasts não substituissem as práticas de escrita tradicionais, foram um complemento ao sucesso dos alunos. A grande maioria dos alunos gostou do trabalho realizado e reconheceu o esforço desenvolvido na realização dos podcasts. Os alunos mencionaram que preferiam criar os próprios podcasts sobre matérias importantes do curso do que ouvir os podcasts de longas palestras do professor.

Thursday, March 10, 2011

O Podcast para aprendizagem de línguas


Na Duke University e na University of Washington os alunos usam iPods para ouvir podcasts nos cursos de línguas. Chinnery (2006) refere que o uso de podcasts proporciona aos alunos uma autêntica experiência cultural na aprendizagem de línguas. Como mostram alguns estudos (Singh & Bakar, 2007), há uma variedade de dispositivos móveis (telemóvel, PDA, Leitores de MP3 e de MP4) que podem ser usados para ouvir podcasts e facilitar a aprendizagem de línguas. Godwin-Jones (2005) relata vários exemplos de experiências, em escolas, com podcasts para aprendizagem de línguas, como o PIECasts, que entre outros usos possibilita a revisão de vocabulário, audição de exercícios e entrevistas com falantes nativos.
Num estudo realizado por Moura e Carvalho (2006c), com alunos do ensino secundário portugueses e belgas, no âmbito do projecto eTwinning, foram introduzidos podcasts no apoio ao processo de ensino e aprendizagem dos conteúdos curriculares da disciplina de Francês. Ambas as turmas mostraram satisfação na utilização do podcast como recurso educacional e reconheceram-lhe valor pedagógico.
Amemiya et al. (2007) realizaram um estudo usando um sistema de aprendizagem de palavras estrangeiras baseado em iPods. Os resultados mostram que, duas semanas após o início do estudo, os participantes que usaram o sistema assimilaram 40% das palavras em inglês, em contrapartida, os que seguiram o método convencional de papel e lápis apenas assimilaram 27% das palavras. Este sistema revelou-se eficaz na aprendizagem de palavras estrangeiras. No entanto, os autores consideram que é preciso trabalho futuro tendo em consideração a propriedade de cada palavra (abstracto versus concreto; nome versus adjectivo), visto que um determinado método pode ser adequado para algumas palavras, mas não para outras.
Allan (2007) realizou um estudo sobre podcasts para apoiar a aprendizagem de línguas. Um dos objectivos era explorar ficheiros MP3 para melhorar o estudo de textos escritos (poesia de Goethe), o outro objectivo era explorar várias formas de usar o podcast para apoiar os alunos nas aulas de língua, tanto na tradução, como na gramática. Assim, os alunos podiam ouvir os podcasts directamente na Web (iTunes) ou descarregá-los e ouvi-los no computador ou leitores de MP3. Os dados recolhidos por entrevista e focus group mostram que os recursos de poesia foram recebidos positivamente e extensivamente usados. Tendo a maioria dos alunos referido que ouviram os ficheiros offline directamente no computador, foram poucos os que os descarregaram para o leitor de MP3. Embora os autores também tivessem encorajado os alunos a criar os seus próprios ficheiros mp3, como complemento a tirar notas, este aspecto não teve tanto sucesso como o esperado, em virtude dos custos associados.
Edirisingha et al. (2007) realizaram um estudo sobre os benefícios da integração de podcasts, em regime blended learning, num módulo do primeiro ano, da disciplina de Inglês, na Universidade de Kingston. Embora o podcast fosse uma tecnologia nova para a maioria dos participantes, o estudo demonstrou potenciais benefícios para os alunos. Este estudo forneceu também um modelo de características dos podcasts que pode ser um complemento formal dos alunos no processo de aprendizagem. Os podcasts podem ser mais um acréscimo útil para a gama de ferramentas disponíveis.
Chang et al. (2008) exploraram o uso de podcasts para apoiar a aprendizagem de inglês como língua estrangeira (EFL – English Foreign Language). Estes autores construíram um modelo de investigação para estudar como os factores chave por eles definidos influenciaram as intenções dos alunos em adoptar os podcasts. Segundo estes autores, a validação do modelo e os correspondentes resultados do estudo podem ser referenciados por professores de EFL, administradores e decisores no sentido de integração de podcasts no ensino. Todavia, consideram haver necessidade de mais estudos sobre vários aspectos do potencial do podcast em EFL, no futuro.
Armbrecht (2009) descreve uma aula de literatura francesa em que os alunos criaram podcasts de vídeo (vodcasts) de dez minutos para analisar um filme francês, desempenhando o papel de comentadores do filme. Através desta tarefa os alunos desenvolveram a oralidade e a escrita da língua francesa e reforçaram ainda as suas competências analíticas e técnicas. As conclusões mostram que os alunos melhoraram o uso da língua francesa.
Menezes e Moreira (2009) realizaram um estudo com podcasts na aula de inglês com alunos do 7º ano de escolaridade. Os podcasts serviram como complemento das aprendizagens e como forma de promover a utilização dos dispositivos móveis dos alunos (telemóvel e leitor de MP3). As conclusões mostram que os podcasts foram bem aceites pela maioria dos alunos, encorajando o seu uso em práticas de apendizagem de línguas estrangeiras.

Tuesday, March 8, 2011

O uso de SMS na aprendizagem de línguas



Vários autores consideram a tecnologia SMS adequada para a aprendizagem de línguas (Cavus & Ibrahim, 2009; Kukulska-Hulme & Shield, 2007; Levy & Kennedy, 2005; Pincas, 2004; Song, 2008; Thornton & Houser, 2002, 2005). A possibilidade do aluno obter informação útil em qualquer lugar e a qualquer hora é uma potencialidade da tecnologia SMS (Lominé & Buckhingham, 2009). Os dispositivos móveis, em particular os telemóveis, são ideais para promover a aprendizagem através do envio, aos alunos, por SMS de unidades de aprendizagem, em horários e dias estabelecidos, optimizando os tempos livres.
Foi realizado um estudo sobre a aprendizagem da língua italiana por SMS numa universidade australiana (Levy & Kennedy, 2005). Durante o estudo, eram enviados, aos alunos, para o telemóvel, palavras novas, definições e exemplos de vocábulos contextualizados. Os alunos podiam ler os materiais entre as aulas. Os resultados finais apresentados foram positivos.
Thornton e Houser (2001; 2002; 2003; 2005) desenvolveram vários projectos inovadores usando os telemóveis para ensinar inglês a universitários japoneses. Um deles centrou-se no fornecimento de aprendizagem de vocabulário por SMS. Três vezes ao dia, enviavam mini-aulas aos alunos, em pequenas unidades para serem lidas nos ecrãs do telemóvel. Estas mini-aulas constavam do envio de cinco definições de palavras por semana, vocabulário anteriormente aprendido, uso de vocabulário em diferentes contextos e episódios de histórias. Os alunos eram testados quinzenalmente e comparados com grupos que recebiam idêntico material via Web e em papel. Os resultados mostraram que os alunos que recebiam os conteúdos por SMS aprenderam o dobro das palavras de vocabulário do que os que recebiam via Web e melhoraram as suas pontuações, quase o dobro relativo aos que tinham aulas na sala.
Outro estudo relata a aplicação do SMS para aprendizagem de vocabulário de inglês língua estrangeira em Taiwan (Lu, 2008). Foram enviados para os alunos unidades de vocabulário. Os participantes no estudo mostraram preferir aprender através do telemóvel do que do computador porque os telemóveis são mais convenientes do que os PCs em muitas situações.
Song (2009) conduziu um estudo onde explorou o papel dos SMS na aprendizagem do vocabulário de Inglês como língua estrangeira. Estiveram envolvidos dez participantes e as considerações finais mostram uma significante melhoria na performance dos alunos e uma atitude positiva face ao uso de SMS na aprendizagem de vocabulário.
Foi ainda realizada uma experiência com SMS para apoiar a aprendizagem de vocabulário técnico (Cavus & Ibrahim, 2009). Eram enviadas, de forma espaçada, repetições da mesma mensagem em dias diferentes, através de um sistema baseado em SMS chamado MOLT (mobile learning tool) desenvolvido pelos autores, ajudando os alunos a memorizar o vocabulário. O conhecimento dos alunos foi medido antes e depois da experiência e os resultados mostram que os alunos apreciaram e aprenderam palavras novas com a ajuda dos seus telemóveis. Os autores acreditam que o sistema MOLT, como ferramenta educacional, contribuirá para o sucesso dos alunos.

Thursday, March 3, 2011

Estudos e projectos de m-learning em Portugal


Apesar do mobile learning ser ainda um campo relativamente novo, existem em Portugal alguns projectos ligados às tecnologias móveis e experiências de utilização de dispositivos móveis em contexto educativo. Mas, são ainda poucos os estudos disponíveis em repositórios digitais do ensino superior a divulgar investigação realizada na área.
Começa já a haver alguns projectos que pretendem tornar o telemóvel uma ferramenta ao serviço da educação, como é o caso do jogo Quizionário . Trata-se de um projecto nascido na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). É um jogo que pode ser jogado em telemóveis, computadores e quadros interactivos. O jogo é alimentado com conteúdos colocados pelos professores, dentro do espírito da Web 2.0. O Quizionário está a ser testado em quatro escolas do Norte do país com o patrocínio da TMN que cedeu os telemóveis.
O Centro de Competência em TIC da Escola Superior de Educação de Santarém criou um Software educativo para o ensino básico, para prática da língua portuguesa e inglesa. Os alunos podem jogar online ou descarregar a aplicação para o telemóvel.
Domus Mobile é uma plataforma de suporte ao mobile learning (Alves et al., 2005) desenvolvida na Escola Superior de Tecnologia e de Gestão de Bragança e no Departamento de Sistemas de Informação, da Universidade do Minho. A Intranet Domus integra tecnologias de e-learning e e-management e uma componente de dispositivos móveis.
O projecto SchoolSenses@Internet, coordenado pela Universidade de Coimbra, parte da ideia da criação de informação multissensorial e georreferenciada, enquanto factor de promoção da qualidade nas práticas do 1º ciclo do ensino básico (Gomes et al., 2007), através da utilização do computador, de telemóveis e a aplicação Google Earth.
A TecMinho é parceira no projecto "m-learning - The role of mobile learning in European Education” (Dias et al., 2008), surgido no âmbito do Programa Sócrates e coordenado pela Ericsson.
São já algumas as dissertações de Mestrado que de algum modo se relacionam com o uso de tecnologias móveis. Uma dissertação realizada na Universidade de Évora apresenta um estudo para implementação de Serviços de Referência para PDAs nas Bibliotecas de Saúde em Portugal, dando destaque às potencialidades destes dispositivos móveis na área da saúde (Saraiva, 2007).
Outra dissertação de Mestrado em Estudos da Criança, realizada na Universidade do Minho, em 2008, apresenta um estudo quantitativo que compara a utilização do telemóvel e do Messenger por crianças do 5º e 6º ano de duas escolas do distrito de Braga (Castro, 2008). Visa aferir se as crianças do 5º e 6º ano são dependentes destes meios de comunicação e verificar se as características sociodemográficas exercem influência na utilização destas tecnologias. Os resultados mostram que as crianças desenvolveram uma relação íntima e natural com o telemóvel e o Messenger que os conecta à família, à escola e aos amigos. Usam estas duas tecnologias para manter e alargar os laços de afectividade e de amizade. Todavia, segundo a autora, é fundamental o papel dos pais e dos adultos para acompanhar e compreender as preferências da criança na construção da sua própria cultura.
Um trabalho de investigação de Mestrado, realizado, na Universidade Portucalense, reporta o uso do podcast como ferramenta para m-learning, como complemento, às aprendizagens em regime presencial, no desenvolvimento e aquisição de competências em alunos do 3º ciclo do ensino básico, na disciplina de Inglês (Menezes, 2009). Os resultados obtidos mostram as reacções positivas dos alunos face à integração do podcast e dispositivos móveis dos alunos (telemóvel, leitor de MP3) no processo de ensino e aprendizagem.
Um estudo de caso realizado no âmbito de uma dissertação de Mestrado, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, com o título “Jovens, telemóveis e escola”, apresenta propostas de utilização educativa do telemóvel com alunos do ensino básico (Ferreira, 2009). Os resultados obtidos apontam para a possibilidade de utilizar em contexto escolar, sem custos para os alunos, várias funcionalidades e serviços presentes nos telemóveis, como mensagens SMS, câmara fotográfica, leitor MP3, partilha de ficheiros por Bluetooth, relógio, gravador de vídeo, gravador de som, calendário, calculadora e notas (Ferreira & Tomé, 2010).
De referir também uma dissertação de Mestrado, da Universidade Nova de Lisboa, intitulada “Para a compreensão do Mobile Learning: Reflexão sobre a utilidade das tecnologias móveis na aprendizagem informal e para a construção de ambientes pessoais de aprendizagem” (Valentim, 2009). O autor faz uma pesquisa sobre o conceito “mobile learning”, o seu conteúdo, métodos e limites enquanto área de estudo. Contextualiza o assunto no âmbito das ciências sociais e humanas e na literatura sobre a sociedade em rede e a Web. Procura respostas que acrescentem algum entendimento sobre o que é o mobile learning. Pauta-se por um exame crítico das possibilidades de aplicação deste conceito, categorizando e sistematizando modelos e propostas que ajudem no desenho de materiais pedagógicos a adaptar.
O projecto Geração Móvel, que temos vindo a desenvolver há algum tempo, no âmbito desta investigação, tem permitido realizar várias experiências de integração de diferentes equipamentos móveis em contexto curricular. Uma experiência realizada com podcasts para complemento das aulas de literatura portuguesa mostrou o potencial desta ferramenta na motivação e aprendizagem dos alunos (Moura & Carvalho, 2006). Outra experiência realizada com o telemóvel e o Mobile Flickr serviu para desenvolvimento de actividades na aula de Português e promover o trabalho colaborativo ((Moura & Carvalho, 2008b). Os resultados mostram grande satisfação dos alunos que viram nestas tecnologias novas oportunidades de aceder à informação independentemente do local e da hora, bem como a oportunidade de aprender colaborativamente. Noutra experiência, o telemóvel foi usado como ferramenta de mediação num peddy-paper literário (Moura & Carvalho, 2009). Pretendia-se integrar os telemóveis dos alunos como ferramenta de aprendizagem individual e colaborativa, através de um conjunto de desafios. As actividades desenvolvidas constituíram-se como momentos inovadores e únicos, na opinião dos alunos. O uso dos dispositivos móveis permitiu consolidar competências, assimilar aprendizagens curriculares e trabalhar em grupo.
O interesse pelo desenvolvimento de aplicações para m-learning é uma realidade em Portugal. Na Universidade de Aveiro, no Departamento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial foi desenvolvido o protótipo mlSynapse, um sistema constituído por dois módulos, o MyWorkspace e o FormManager. Este sistema foi optimizado para dispositivos móveis, especialmente PDAs, e aplicado em contexto de sala de aula no ensino superior (Rodrigues, 2007).
Bottentuit Junior e Coutinho (2008) realizaram um inquérito exploratório sobre o uso pessoal e profissional de tecnologias móveis na comunidade académica portuguesa. Os resultados mostram que as tecnologias móveis ainda não fazem parte da maioria da práticas educativas nas diversas instituições de ensino superior do país.

Wednesday, March 2, 2011

Mobile Learning: um campo emergente

Investigação sobre o uso de dispositivos móveis em contextos de trabalho para fins educacionais tem ganho importância nos últimos tempos. No Reino Unido há vários anos que este assunto ocupa diferentes equipas de investigadores. Entre outras, destacamos os projectos no âmbito do MoLeNet. Também o Ministério da Educação alemão lançou um programa de promoção e apoio a projectos para o desenvolvimento e uso de tecnologias móveis, media digital e serviços em qualificação profissional. Mobile learning: Crossing boundaries in convergent environments , Conferência em Bremen, em março de 2011, ou o Swiss eLearning Conference 2011 na Suiça.

Mais duas publicações sobre mobile learning


Estas conferências e publicações confirmam esta tendência.

Referências
Pachler, N., Pimmer, C., & Seipold, J. (Eds.). (2011). Work-Based Mobile Learning. Concepts and Cases. Oxford, Bern, Berlin, Bruxelles, Frankfurt am Main, New York, Wien: Peter-Lang.
Pimmer, C., Pachler, N., & Attwell, G. (2010). Towards Work-Based Mobile Learning: What We Can Learn from the Fields of Work-Based Learning and Mobile Learning. International Journal of Mobile and Blended Learning (IJMBL), 2(4), 1-18.

M-Learning, quando o telemóvel ensina a estudar

Este texto faz parte de uma entrevista realizada por Filipe Caetano do PortugalDiário, em 2008, sobre o meu projecto de investigação para o doutoramento na área do mobile learning. Apesar do Ministério da Educação, em particular o responsável pelo Plano Tecnológico da Educação, Dr. João José Tracado da Mata, se ter comprometido a patrocinar este estudo, como referido neste texto, tal não veio a acontecer, o que condicionou grandemente o plano de execução e limitou a integração do mobile learning em toda a sua extensão, como inicialmente previsto.
Partilho aqui a entrevista em áudio.
Podtec20 by linade

Tuesday, March 1, 2011

Mobile Learning: Structures, Agency, Practices


Um livro de Norbert Pachler,Ben Bachmair,John Cook,Gunther Kress lançada em 2010. Levanta algumas questões fundamentais do mobile learning:
• Os dispositivos móveis como recursos educacionais
• Abordagens socioeconómicas para a aprendizagem apoiada por tecnologias móveis
• Situações que promovem a aprendizagem através de dispositivos móveis
• A omnipresença das tecnologias móveis e as suas implicações na pedagogia
• Colmatar o fosso digital a nível das políticas